Num certo dia, um empregado apresentou-se numa fazenda pedindo trabalho. Como existia vaga,acertaram o preço e o novo empregado iniciou o trabalho no dia seguinte. Recebeu do patrão um machado bem afiado e a ordem de iniciar uma derrubada. Como é de costume, neste caso, o operário faria período de experiência.
Passados alguns dias, o patrão foi examinar o trabalho do seu novo empregado. Este, no primeiro dia, derrubara 200 árvores, no segundo dia abatera 150, no terceiro dia foi ainda pior, baixando para 130. Intrigado, o patrão quis saber por que o empregado vinha trabalhando menos.
Por acaso chegava ele mais tarde? Não, ele estava chegando mais cedo.
Então estaria demorando mais entre um golpe e outro do machado?
Não. Ele estava batendo mais ligeiro.
Tudo parecia um mistério quando o patrão olhou o machado, bastante judiado. Perguntou ao empregado quantas vezes afiara o machado.
– Estive tão ocupado em derrubar árvores que não tive tempo de afiar o machado, respondeu candidamente o empregado.
Ás vezes nos encontramos assim, como este cortador de árvores. O Senhor confia a nós uma missão e nos empenhamos muito para cumpri-la, porém nos esquecemos de orar. Assim vamos perdendo a eficácia no cumprimento da nossa missão. A oração é como afiar o “machado da alma”, é ela que vai dar o corte preciso, que costumeiramente chamamos de unção. Digo constumeiramente por que nem sempre entendemos o que é a unção. Unção é mais do que uma habilidade pessoal, é um estado de graça. Graça que passa pela experiência da entrega a Deus e busca de santidade. Unção que somente é oferecida por misericórdia. Deus quis assim. Usar de nossas fraquesas para revelar o perfeito, é mistério de amor do Pai que nos deu o Espírito Santo. Se queremos continuar a produzir cada vez mais frutos de santidade pelo cumprimento da nossa missão individual confiada por Deus, é necessário orar. Precisamos dialogar com este Deus que se revelou na fragilidade da matéria humana somente por amor a nós. E é impelido por este mesmo amor que devemos orar, não por que Deus precise, mas por que nós precisamos.
Convictos de nossas fraquesas, busquemos ao todo poderoso em nossa oração pessoal!